BRINCO, FANTASIO, MUDO DE NOME E TRANSGRIDO PARA BRINCAR: EXPERIÊNCIAS BRINCANTES DE CRIANÇAS SOB A ÉGIDE DA PROTEÇÃO INTEGRAL

Autores

  • Sonia Cristina Oliveira Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos/Cuiabá/MT
  • Cleomar Ferreira Gomes UFMT

DOI:

https://doi.org/10.14244/19827199647

Resumo

Este estudo é a respeito de algumas reflexões sobre a infância, em especial das brincadeiras das crianças institucionalizadas. Remete questões sobre institucionalização da infância, o desafio das instituições para implementação de práticas balizadas nas diretrizes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a percepção de quem são as crianças institucionalizadas, as experiências lúdicas das crianças e as estratégias utilizadas para suportar a separação e a sensação de abandono. Igualmente, partilha a ideia de que as práticas consideradas como próprias das crianças, desde as normas, representações, obrigações e modos de se relacionar com seus pares e adultos, foram notáveis recentemente na Modernidade e quatro fatores são importantes nesse processo de estruturação. O primeiro é a criação da escola pública no final do século XVIII; segundo, a reorganização de família nuclear que aos poucos abarcou as outras formas de agrupamento familiar tais como o clã, a família alargada, poligâmica e outras; terceiro, a produção de um conjunto de saberes institucionalizados, saberes periciais; sobre a criança normal associada a um conjunto de prescrições, de natureza médica, psicológica, pedagógica e comportamental, por último, a administração simbólica da infância com definição, implícita e explícita, de regras de inclusão, interdição, compulsão e reconhecimento das crianças. A infância é reconstruída na Modernidade por meio de dispositivos institucionais, como a escola, a família e a justiça. E, finalmente, algumas reflexões a respeito das brincadeiras e da infância. Historicamente cunhamos uma infância irregular, invisível, frágil a tal ponto que não é capaz até mesmo de brincar, sendo necessária extrema vigilância. Esta infância atravessada por negatividade, de fato não quer ter visibilidade, prefere o anonimato. Entretanto a infância considerada na SI (Sociologia da Infância) requer um olhar diferenciado e transformador. Um olhar atento a suas necessidades e desejos, isso requer um grande desafio dentro da instituiçao, pois pressupõe significativas mudanças nas práticas. Um olhar que busque além do que simplesmente vê, mas que seja capaz de compreender seus sonhos e imaginação. Cumprir plenamente seus direitos com prioridade absoluta.

Palavras-chave: Infância; Crianças abrigadas; Brincadeiras; Jogos.

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Biografia do Autor

Sonia Cristina Oliveira, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos/Cuiabá/MT

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso UFMT na linha de Pesquisa Culturas Escolares e Linguagens. Mestrado em Educação pela UFMT (2006). Graduada em Psicologia pela Universidade Dom Bosco de Campo Grande UCDB (1992), Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Cuiabá/MT (2006), atuando como docente e pesquisadora no Curso de Graduação. Psicóloga efetiva no Estado com atuação no atendimento e pesquisa de adolescentes em conflito com a lei. Possui experiência na área de Educação com trabalhos de docência e pesquisa na formação de professores na graduação. Experiência em docência em pós-graduação com ênfase no ensino de Psicologia da Educação. Pesquisas e publicações com temas: jogos, brinquedos, brincadeiras, ludicidade e violência de adolescentes em conflito com a lei.

Cleomar Ferreira Gomes, UFMT

Professor-pesquisador da Faculdade de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMT.

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Publicado

25-05-2013

Como Citar

OLIVEIRA, S. C.; GOMES, C. F. BRINCO, FANTASIO, MUDO DE NOME E TRANSGRIDO PARA BRINCAR: EXPERIÊNCIAS BRINCANTES DE CRIANÇAS SOB A ÉGIDE DA PROTEÇÃO INTEGRAL. Revista Eletrônica de Educação, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 56–69, 2013. DOI: 10.14244/19827199647. Disponível em: https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/647. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos
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