Revista Eletrônica de Educação https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc <p><a href="https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/announcement/view/47">Prorrogação para submissões de artigos para o Dossiê Concepções, Políticas e Práticas de Indução Docente. A REVEDUC informa que o prazo para as submissões para o dossiê temático foram prorrogadas até 30/05/23.</a></p> <p><a href="https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/index">Dossiê Formação de professores alfabetizadores: políticas, saberes e práticas </a></p> <p><a href="https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/issue/view/44">Dossiê Religião, discriminação e racismo no espaço escolar</a></p> <p><a href="https://web-09.ufscar.br/reveduc/ojs-3.3.0-8/index.php/reveduc/announcement/view/3" target="_blank" rel="noopener">Seções desativadas na Revista Eletrônica de Educação a partir de março de 2020.</a></p> <p> </p> Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos pt-BR Revista Eletrônica de Educação 1982-7199 <p>Licença CC-BY-NC</p><p>"Revista Eletrônica de Educação adota a licença Creative Commons BY-NC do tipo "Atribuição Não Comercial". Essa licença permite, exceto onde está identificado, que o usuário final remixe, adapte e crie a partir do seu trabalho para fins não comerciais, sob a condição de atribuir o devido crédito e da forma especificada pelo autor ou licenciante".</p> Apresentação do Dossiê Formação de Professores Alfabetizadores: políticas, saberes e práticas https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/6313 <p>Dossiê Formação de Professores Alfabetizadores: políticas, saberes e práticas.</p> Ilsa do Carmo Vieira Goulart Giovanna Rodrigues Cabral Copyright (c) 2023 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-10 2023-04-10 17 e6313002 e6313002 10.14244/198271996313 A (in)visibilidade da literatura infantil nas políticas públicas de alfabetização: Realidade Brasil e Portugal https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5078 <p>A literatura como produto da cultura humana ocupa um espaço político nas relações sociais, seja na escola ou fora dela. Como fonte de humanização da criança em seu processo de constituição, a literatura precisa ser pensada como processo e produto cultural num contexto de espaço e tempo históricos. Isto posto, o presente estudo analisa o lugar da literatura para as crianças nas políticas públicas atuais de alfabetização no Brasil e em Portugal, tendo em vista a aproximação de ambos, particularmente em razão da língua e da história. Nessa perspectiva, analisa-se nos documentos oficiais a literatura infantil no processo inicial de alfabetização, momento em que a criança se apropria da linguagem verbal, em suas diferentes manifestações, usos e funções, materializada na diversidade de gêneros discursivos. A finalidade do estudo é desvelar a (in)visibilidade da literatura no processo de alfabetização em dois documentos oficiais, a <em>Base Nacional Comum Curricular</em> (Brasil) e as <em>Aprendizagens Essenciais – Ensino Básico – Português </em>(Portugal), evidenciando as contraposições e convergências nos cenários das políticas públicas brasileira e portuguesa, de maneira a problematizar os aspectos legais que se referem à temática do estudo. A pesquisa qualitativa (2020) assenta-se em um estudo bibliográfico e documental sobre a temática. Os resultados evidenciam distanciamentos entre os documentos do Brasil e de Portugal, sugerindo ora certa visibilidade ora uma invisibilidade da literatura infantil no processo de alfabetização, contudo numa dimensão em que a arte literária se sobreleva e muito pode contribuir para a aprendizagem da leitura e da escrita da criança no processo de alfabetização.</p> Ana Maria Esteves Bortolanza Ângela Maria Franco Martins Coelho de Balça Neire Márcia da Cunha Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5078003 e5078003 10.14244/198271995078 A Política Nacional de Alfabetização e a produção da nova geração: um campo de disputa https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5209 <p>O artigo apresenta uma análise da política de alfabetização instituída pelo governo federal, tomando como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Política Nacional de Alfabetização (PNA) e o Programa Tempo de Aprender, com objetivo de compreender como esses textos se articulam visando implementar um projeto político neoliberal e conservador e constituir uma determinada criança alfabetizada. A política formulada por meio do Ministério da Educação pretende melhorar os processos de alfabetização através da ciência cognitiva e de evidências sobre como as pessoas aprendem a ler e a escrever. Recorrendo à análise documental e à análise temática de conteúdo, com o aporte da abordagem do ciclo de políticas, examina os documentos e a versão <em>on-line</em> do Programa Tempo de Aprender, categorizando o que prescrevem sobre a leitura, a compreensão e produção de textos escritos, evidenciando os pressupostos da política e suas estratégias. Apesar do propósito anunciado pela PNA de enfrentar as principais causas das deficiências da alfabetização no país, a pesquisa constata que a alquimia de transformar a ciência baseada em evidências em um discurso revestido de uma verdade inquestionável subtrai a realidade objetiva da educação brasileira. A operação de atribuir a um método a salvação de um processo complexo, como a alfabetização, desconsidera os contextos sociais, econômicos e culturais, o que contribui para a produção de uma geração funcional ao sistema produtivo capitalista atual, baseado na financeirização, no controle e regulação, na desregulamentação e na precarização da formação e do trabalho docente, o que desafia a democracia e a inclusão social.</p> Janaína Soares Martins Lapuente Gilceane Caetano Porto Mauro Augusto Burkert Del Pino Simone Gonçalves da Silva Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5209004 e5209004 10.14244/198271995209 Aquisição da escrita: contribuições de pesquisas de intervenção em consciência fonológica e escrita inventada https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5200 <p>A compreensão acerca da relação de correspondência entre letras e sons (grafemas e fonemas) é tão importante quanto complexa no processo inicial de aquisição da escrita. Para que esse conhecimento emerja, é preciso que trabalhemos junto às crianças, de modo sistemático e também significativo, a reflexão sobre a dimensão sonora das palavras a partir de atividades pedagógicas que contribuam para que elas (as crianças) desenvolvam habilidades de consciência fonológica (CF). A CF representa condição obrigatória para que uma criança com desenvolvimento típico possa avançar em seu aprendizado do sistema de escrita alfabética. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi o de realizar uma busca por pesquisas brasileiras, no site da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, acerca de intervenção/mediação em CF e escrita inventada de crianças matriculadas na pré-escola e no primeiro ano do ciclo de alfabetização, a fim de compreender as contribuições e os limites desses estudos. Com base na metodologia de pesquisa bibliográfica, concluímos que intervenção em CF e escrita inventada contribuíram para o avanço nas hipóteses levantadas pelas crianças sobre o princípio alfabético. Contudo, as pesquisas nesse âmbito existem em número discreto e estão concentradas nas escolas urbanas, indicando uma necessidade de ampliação desses estudos para escolas situadas no meio rural.</p> Viviane de Andrade Soares Sena Paula Cristina de Almeida Rodrigues Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5200005 e5200005 10.14244/198271995200 Prática pedagógica supervisionada e desenvolvimento da consciência fonológica https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4922 <p class="ENJIE-palavras-chave" style="margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial','sans-serif';">O desenvolvimento da consciência fonológica é um processo que marca os primeiros anos de escolaridade das crianças. No entanto, deve ser preparado bem antes, iniciando-se na família e prosseguindo em contexto educativo, nomeadamente entre os 3 e os 6 anos de idade. Obviamente, a preparação para a sua abordagem é um momento importante da formação inicial de educadores de infância e professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Neste texto, são apresentados e discutidos os resultados de um estudo, cujo objetivo era determinar o impacto da formação sobre a abordagem do desenvolvimento da consciência fonológica proporcionada a estudantes do Ensino Superior em projetos desenvolvidos no âmbito da prática pedagógica supervisionada em articulação com o seminário de orientação educacional. Os dados recolhidos em documentos de apresentação dos projetos foram submetidos a análise de conteúdo tendo em conta aspetos essenciais do desenvolvimento da consciência fonológica: i) etapas da consciência fonológica visadas; ii) fases da consciência fonológica contempladas; iii) tipos de consciência fonológica trabalhados; iv) tipos de atividades realizados. Foram detetadas algumas lacunas na abordagem desta temática e apresentadas propostas para as superar através da formação.</span></p> Cristina Manuela Sá Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4922006 e4922006 10.14244/198271994922 A formação do alfabetizador nos currículos dos cursos de Pedagogia de universidades públicas de Pernambuco https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5196 <p>O presente artigo trata da formação inicial do professor alfabetizador nos cursos de Licenciatura em Pedagogia de universidades federais e estaduais de Pernambuco. Buscou compreender como essa formação vem sendo proposta nos currículos desses cursos, identificando os componentes curriculares que abordam a discussão acerca da alfabetização, os momentos formativos nos quais são propostos e o espaço dado a essa discussão. Para isso, problematizamos a formação inicial do alfabetizador nos cursos de licenciatura em Pedagogia, apoiando-nos em Piccoli (2015), Costa Castro e Gomes (2018) e Soares (2010). Como procedimento metodológico, utilizamos a análise documental (LUDKE; ANDRÉ, 2017), a qual foi desenvolvida a partir de sete Projetos Pedagógicos Curriculares (PPC) dos Cursos de Licenciatura em Pedagogia de quatro instituições públicas do estado de Pernambuco: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Centro de Educação (CE) e Centro Acadêmico do Agreste (CAA); Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE) e Universidade de Pernambuco (UPE) – Campus Petrolina, Garanhuns e Mata Norte. Os resultados, fruto da análise desses documentos, evidenciaram o lugar que as discussões voltadas para a formação do alfabetizador ocupa nos projetos curriculares examinados, apontando desafios e possibilidades. Os temas e conteúdos expressos nas ementas compreendem e possibilitam um conhecimento amplo a respeito da alfabetização e dos processos pedagógicos envolvidos. No entanto, os desafios no desenvolvimento da formação do alfabetizador em cursos de Licenciatura em Pedagogia demandam maiores reflexões a respeito do quantitativo e da natureza (obrigatória ou eletiva) que os componentes curriculares assumem nos projetos pedagógicos.</p> Islayne Barbosa de Sá Gonçalves Nayanne Nayara Torres da Silva Aline Rafaela Lima e Silva Braga Alexsandro da Silva Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5196007 e5196007 10.14244/198271995196 A formação docente e a Política Nacional de Alfabetização (PNA): entre perdas e retrocessos https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5173 <p>A alfabetização de crianças e adultos tem sido, historicamente, uma das dificuldades enfrentadas em nosso país e, por isso, é necessário continuarmos os debates acerca da temática. Neste estudo, foi realizada uma análise documental da Política Nacional de Alfabetização (PNA) instituída pelo Decreto n. 9.765, de 11 de abril de 2019, para contemplar as abordagens, os princípios e as diretrizes que embasam esse documento, com vistas a entender a concepção de formação docente que subjaz a PNA; discutir a proposta de alfabetização constante na PNA; debater a relevância das experiências dos(as) alfabetizadores(as) na formulação de uma política pública; e fazer apontamentos consoantes às formulações teóricas contemporâneas, tanto no que diz respeito à alfabetização quanto à formação docente. Trata-se de uma pesquisa de cunhos documental e bibliográfico, que se desdobrou em duas frentes relativas ao Decreto que institui a PNA e a teóricos como Gatti (2013), Nóvoa (2009, 2011, 2017), Roldão (2010), Tardif (2002), entre outros que discorrem acerca da formação de professores; e Monteiro (2019), Morais (2019) e Mortatti (2019), que tratam da alfabetização. Discutir a PNA e suas relações com a formação docente é ainda um desafio; sendo assim este estudo possibilita compreender os caminhos traçados tanto para a alfabetização quanto para a formação de professores(as) no Brasil.</p> Glaucia Signorelli de Queiroz Gonçalves Fernanda Duarte Araújo Silva Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5173008 e5173008 10.14244/198271995173 Saberes e práticas de professoras alfabetizadoras no início de carreira: interlocuções no processo de pesquisa https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5106 <p>O artigo analisa o processo de reflexão acerca dos saberes e práticas pedagógicas de oito professoras que atuam em turmas de alfabetização na rede municipal de ensino de Capivari (SP) e estão em início da carreira, período compreendido entre o primeiro e o terceiro ano de sua trajetória docente (HUBERMAN, 1995; TARDIF e RAYMOND, 2000). Considerando o espaço de pesquisa também como espaço formativo no qual as docentes vão se constituindo e se (re)conhecendo professoras, nos limites deste texto nosso objetivo foi compreender suas inquietações e reflexões acerca dos próprios saberes e práticas, ou seja, da própria experiência. Assumimos como referencial teórico-metodológico as perspectivas histórico-cultural do desenvolvimento humano de Vigotski (2000) e enunciativo-discursiva de Bakhtin (1999, 2003), uma vez que ambas destacam a centralidade da linguagem do outro na constituição de nossa subjetividade. Os encontros foram realizados individualmente nas respectivas unidades escolares das professoras e totalizaram 56 horas de discussão, que foram audiogravadas, transcritas e registradas no diário de campo de uma das pesquisadoras. As análises do material nos permitem afirmar que a pesquisa colaborativa contribui para o desenvolvimento profissional das professoras iniciantes, uma vez que elas alteraram seus modos de ensinar ao estudarem e refletirem sobre as próprias práticas, a partir de um referencial distinto, a perspectiva discursiva, que se opõe ao construtivismo, pensamento hegemônico que circula nas escolas, modificando também os modos de aprender das crianças e sentindo-se, nesse movimento, mais seguras e capazes, tanto quanto seus alunos.</p> Daniele Aparecida Alves Biondo Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5106009 e5106009 10.14244/198271995106 Princípios educativos freirianos para uma formação literária dialógica de professores(as) alfabetizadores(as) https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5105 <p>Abordamos, neste artigo, a necessidade de (re)pensar a formação continuada de professores(as) para o desenvolvimento e formação de leitores literários críticos e autônomos, por meio do diálogo e da leitura do mundo. Fundamentadas em autores como Freire, Machado, Calvino, compreendemos que as ações pedagógicas não podem centrar-se apenas em atividades de leitura como a decodificação. Faz-se necessário que professores(as) estejam atentos(as) às necessidades e aos anseios dos(as) educandos(as) e da sociedade no que diz respeito ao ensino e à aprendizagem da leitura e da leitura literária. Nesse sentido, propomos uma discussão em torno da formação de professores(as) que enfoque o desenvolvimento da leitura literária nos anos iniciais do Ensino Fundamental por meio da atividade de Tertúlia Literária Dialógica. A partir dos resultados de uma investigação bibliográfica de mestrado, estabelecemos uma relação entre as contribuições da Tertúlia Literária Dialógica e das propostas oficiais (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Base Nacional Comum Curricular e Currículo Referência de Minas Gerais), no que diz respeito ao ensino e ao desenvolvimento das aprendizagens essenciais nos campos da oralidade, da leitura, do sistema de escrita e da compreensão leitora. O artigo também apresenta resultados de uma formação continuada de professoras, desenvolvida em uma escola pública a partir dos princípios freirianos e da Aprendizagem Dialógica a qual revelou que a formação, baseada nessa perspectiva, é essencial para apontar novos caminhos para a aprendizagem da leitura literária crítica e emancipadora.</p> Vanessa Cristina Girotto Nery Thais Aparecida Bento Reis Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5105010 e5105010 10.14244/198271995105 Política Nacional de Alfabetização: análise dos discursos sob a ótica dos Estudos Culturais https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5100 <p>Historicamente, a alfabetização mobiliza debates por parte de gestores públicos e estudiosos da área devido às dificuldades enfrentadas pelas crianças matriculadas neste ciclo para apropriarem-se da leitura e da escrita. Neste sentido, gestores e pesquisadores voltados para o campo da educação buscam estratégias metodológicas, políticas e formativas para minimizarem os problemas relacionados a não aprendizagem. Diante deste cenário, esse estudo tem como tema os discursos de alfabetização presentes na Política Nacional de Alfabetização (PNA). Assim, o objetivo principal foi analisar os discursos de alfabetização que estão balizados no Decreto nº 9.765, lançado no mês de abril de 2019 pelo Governo Federal. Mais especificamente buscou-se: identificar os discursos de alfabetização que balizam a Política Nacional de Alfabetização e observar como estes discursos estão representados nesta política. Para tanto, a proposta foi realizar uma análise do Decreto nº 9.765/2019, elaborado pela Secretaria de Alfabetização, vinculada ao Ministério da Educação. Para alcançar os objetivos formulados, metodologicamente foi adotada uma pesquisa qualitativa, de cunho documental, efetivada mediante análise textual e do discurso presente no documento, na perspectiva dos Estudos Culturais. A partir do material estudado, constatou-se que a alfabetização no Brasil sofreu uma ruptura a partir de instauração do Decreto, uma vez que a PNA desconstrói o discurso instituído pelo Pró-letramento e Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e institui teorias e metodologias de ensino pautadas nos princípios da instrução fônica e na consciência fonêmica.</p> Liziana Arambula Teixeira Thaise da Silva Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5100011 e5100011 10.14244/198271995100 A política de alfabetização do governo Bolsonaro: reducionismos e colonialidade https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5007 <p>Este artigo discute a Política Nacional de Alfabetização do Governo Bolsonaro (PNA) com o objetivo de compreender seus antecedentes e os princípios teórico-metodológicos que a subjazem, a partir da análise do relatório <em>Alfabetização Infantil – novos caminhos</em>, produzido pela Câmara dos Deputados e do texto da PNA no site do MEC. Lançamos mão da análise documental inspirados nos estudos sobre a colonialidade e nas contribuições de Paulo Freire. Os resultados indicam uma ruptura com toda a produção científica sobre a alfabetização já realizada no país. Tal proposta faz uma transposição dos modelos de alfabetização dos Estados Unidos e da Inglaterra e baseia-se numa concepção de alfabetização ultrapassada, fundamentada em pesquisas experimentalistas de cunho positivista que reduzem a escrita à relação fonema-grafema. Uma política de alfabetização para o Brasil precisa considerar a imensa desigualdade no acesso à cultura escrita. Precisa levar em conta o conhecimento acumulado pelos docentes no trabalho com a alfabetização, a desigualdade nas condições materiais das escolas, as formas particulares de usos da escrita na sociedade a depender da condição socioeconômica, da geografia, do gênero, do nível de escolaridade das famílias, da raça, dentre outras. Defendemos uma atitude de descolonização epistêmica, de reconhecimento dos conhecimentos e epistemologias produzidas a partir do sul-global como uma forma de resistência à lógica imperialista-colonialista que se concretiza nas políticas públicas para a educação do governo que se encerra este ano, dispendeu um grande volume de recursos públicos sem consequências positivas para a educação e a alfabetização.</p> Maria do Socorro Alencar Nunes Macedo Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5007012 e5007012 10.14244/198271995007 O PNAIC e o Desenvolvimento Profissional: quais as perspectivas das professoras alfabetizadoras? https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5044 <p>O presente artigo tem como objeto de estudo o Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC). O PNAIC foi um programa de formação continuada oferecido pelo MEC (Ministério da Educação) para professores alfabetizadores com objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. Este artigo é baseado em uma pesquisa de doutorado e busca identificar quais são as contribuições do PNAIC para o desenvolvimento profissional dos professores alfabetizadores. A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como campo de investigação dois municípios da Zona da Mata Mineira. As fontes de geração de dados foram os documentos oficiais relacionados ao programa de formação PNAIC: os 115 questionários e as 27 entrevistas semiestruturadas aplicados a professoras alfabetizadoras que participaram do PNAIC entre 2013 e 2015. O referencial teórico se baseou na revisão de literatura sobre formação docente e desenvolvimento profissional (TARDIF, 2013, 2014; NÓVOA, 1992, 2014; GATTI, 2008; GATTI; BARRETO, 2009; GATTI, BARRETO; ANDRÉ, 2019; OLIVEIRA; FORMOSINHO, 2009; FORMOSINHO, 2009; GARCÍA, 1999; IMBERNÓN, 2011). A partir da análise dos dados, constatou-se que as professoras apontaram que o PNAIC contribuiu para o desenvolvimento profissional por promover a reflexão sobre a prática, a articulação teoria-prática e pela possibilidade de contribuir com novas práticas de alfabetização. Apontam, no entanto, como fatores que dificultam melhores resultados, a descontinuidade dessa política, a falta de acompanhamento da prática no contexto escolar e a rotatividade docente imposta pelas condições de trabalho.</p> Lenise Teixeira Sousa Silvana Soares de Araújo Mesquita Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5044013 e5044013 10.14244/198271995044 Momentos formativos e fazer pedagógico nas palavras de professoras alfabetizadoras https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4921 <p>Percebe-se em iniciativas recentes de formação continuada docente (Pró-Letramento (2008-2010), Pacto Nacional pela alfabetização na Idade Certa (2012-2018) a mobilização de espaços colaborativos para estudos teóricos e conceituais, para integração de saberes e socialização de práticas educativas. Investigar como essas ações formativas são percebidas pelos professores permite compreender as influências nas práticas desenvolvidas nas escolas. Diante disso, este trabalho teve por objetivo analisar os momentos que marcaram o percurso formativo e as práticas pedagógicas desenvolvidas por professoras alfabetizadoras. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir da realização de uma entrevista semiestruturada com seis professoras alfabetizadoras de escolas públicas de um município do sul de Minas Gerais, no sentido de compreender as suas percepções sobre a própria formação vivenciada. Os dados foram tratados por meio da técnica de análise de conteúdo e da categorização temática proposta por Bardin (2011), com base nas recorrências de elementos discursivos das entrevistas. A pesquisa assumiu como base teórica os estudos de Tardif (2009; 2012), Arroyo (1999; 2013), Nóvoa (1992), Teixeira (2007), Gatti (2010), Freire (1996), dentre outros que discutem a temática da formação de professores. Os resultados indicaram um processo formativo marcado por momentos, ações e interações que perpassam desde a escolha pela carreira do magistério; a formação inicial e a relação com a prática docente; a reflexão e compreensão de conceitos sobre alfabetização e letramento; até a busca por ações de formação, para superação dos desafios impostos pela docência.</p> Lívia de Souza Tanus Azarias Ilsa do Carmo Vieira Goulart Giovanna Rodrigues Cabral Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4921014 e4921014 10.14244/198271994921 Oralidade e alfabetização: o (não) dito nas produções bibliográficas sobre o PNAIC https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4993 <p>Este artigo apresenta considerações acerca das contribuições advindas do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) para a formação de educadores e suas práticas educativas no ciclo de alfabetização com gêneros textuais orais. As reflexões apontadas aqui, são resultantes de pesquisa bibliográfica desenvolvida durante curso de Mestrado em Educação, cuja metodologia contemplou levantamento de produções bibliográficas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Portal <em>Scielo</em>. O <em>corpus</em> de análise foi composto por uma tese e treze dissertações, defendidas em Programas de Pós-Graduação em Educação, além de seis artigos que versavam sobre a temática da oralidade/gêneros orais, publicados entre 2014 a 2018. Como resultado da investigação, constatou-se que apesar do PNAIC suscitar subsídios para a formação docente continuada e estimular o trabalho com gêneros textuais orais, ainda é escassa a produção bibliográfica quanto aos reflexos dessa política pública no sentido da promoção de práticas alfabetizadoras pautadas na valorização da oralidade. Essa lacuna evidencia que a escrita continua ocupando posição de destaque no processo de alfabetização, enquanto a fala segue relegada a segundo plano nas práticas educativas escolares. Destarte, perpetua-se o preconceito linguístico e a negação ao educando do direito de pronunciar o mundo e dizer a sua palavra. Com vista a superar o preconceito linguístico e estimular participação social e a pronúncia coletiva do mundo, defende-se a promoção de práticas de oralidade na escola, tais como assembleias, seminários, rodas de conversa, debates, música, teatro, parlendas, dentre outras.</p> Fabiana Rodrigues de Sousa Ana Benvinda Camargo da Silva Cosmo Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4993015 e4993015 10.14244/198271994993 Formação de professores alfabetizadores para atuação com Educação Especial: pistas na produção científica nacional https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5205 <p>Qual o espaço de preocupação da academia com o binômio Alfabetização / Educação Especial? Há suficiente e qualificado espaço para a discussão de aspectos como a formação de professores para a alfabetização de alunos Público Alvo da Educação Especial na produção científica nacional? E quais os tópicos em destaque na potencial discussão? A partir de tais questões, o texto em tela objetiva discutir processos de formação de professores alfabetizadores para atuação com Educação Especial, por meio de pistas deixadas pela produção científica nacional. Para tanto, ampara-se operacionalmente em uma pesquisa de base documental e bibliográfica, pautada por uma metodologia analítico-reconstrutiva, que examinou um <em>corpus</em> de análise constituído por uma seleção de artigos publicados em revistas editadas no Brasil, de acesso aberto, classificadas no Qualis e com escopo voltado especificamente à educação especial e a alfabetização, publicados na segunda década do século XXI, de 2011 a 2020. Aponta, como conclusão, que há uma escassa produção que considera a alfabetização especificamente para a modalidade da Educação Especial e, de forma ainda mais tímida, artigos que se preocupam com a formação de professores alfabetizadores para tal intento, ou que levantam discussões mais densas sobre o tema, evidenciando uma possível lacuna na produção científica nacional.</p> Rosimar Serena Siqueira Esquinsani Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5205016 e5205016 10.14244/198271995205 Formação de professores alfabetizadores e a inclusão escolar da criança com deficiência https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5005 <p>O artigo discute a formação de professores alfabetizadores de crianças com deficiência diante do paradigma da inclusão escolar. Os dados resultaram de análise do Projeto Pedagógico e das fichas de disciplinas do curso de Pedagogia de uma instituição pública de ensino superior no interior do Estado de Minas Gerais e dos discursos obtidos de entrevistas semiestruturadas aplicadas a três alfabetizadoras, que vivenciaram a experiência de alfabetizar, respectivamente, uma criança com transtorno do espectro autista, uma com cegueira e uma com surdez. A pesquisa foi pautada pela perspectiva histórico-cultural de Vygotsky com as contribuições das teorias que compreendem a alfabetização como um processo discursivo. Os resultados mostraram que, muito embora a construção das propostas formativas da licenciatura em Pedagogia da instituição pesquisada esteja balizada em atividades de ensino, gestão e pesquisa em ambientes escolar e não escolar, tendo a docência como base de formação do Pedagogo, a questão específica sobre a alfabetização da pessoa com deficiência foi timidamente contemplada no currículo, refletindo diretamente e negativamente na prática docente. Os discursos das professoras revelaram que a ausência, durante o curso de Pedagogia, de ações formativas mais direcionadas à alfabetização de crianças com deficiência provocou a falta de condições e de possibilidades concretas de desenvolvimento disponíveis tanto ao professor alfabetizador quanto ao aluno com deficiência por ele atendido.</p> Eliamar Godoi Juliano Guerra Rocha Letícia de Sousa Leite Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5005017 e5005017 10.14244/198271995005 Formação on-line de alfabetizadores para uso de tecnologias digitais em plena pandemia de COVID-19 https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4986 <p>Este artigo tem como propósito divulgar projeto de extensão de curso <em>on-line</em> de formação de professores alfabetizadores para o uso das tecnologias digitais em plena pandemia do COVID-19 que desenvolvemos por meio do grupo de pesquisa Leitura, escrita e tecnologia, pertencente ao CNPQ. Vislumbramos, com isso, ampliar reflexão acerca de proposta de modelo de formação de professores em nosso país em plena pandemia, bem como realçar a importância do alfabetizador incluir em sua prática educativa suportes e textos digitais a fim de promover processos de leitura e de escrita mais significativos. Os aportes teóricos mais amplos para análise dos dados aqui apresentados são os estudos de Anne-Marie Chartier (2007) a respeito dos saberes do professor e os estudos tanto de Soares (2002) quanto de Ferreiro (2013) sobre práticas alfabetizadoras através de recursos digitais, assim como as reflexões de Pedro Demo (2009) acerca do uso das tecnologias digitais no processo de alfabetização. Como resultados, exploramos dados coletados a partir do formulário de inscrição e de avaliação que revelam como o professor inicia o curso <em>on-line</em> e como o conclui em plena pandemia, tendo como perspectiva uma outra visão sobrea cultura digital na educação, a construção de novos conhecimentos e novo formato da sala de aula de alfabetização.</p> Julianna Silva Glória Ghisene Santos Alecrim Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4986018 e4986018 10.14244/198271994986 O Assistente de Alfabetização como face exposta do trabalho docente precarizado https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5193 <p>Neste estudo, foi analisado como se constituiu o Assistente de Alfabetização (AA), parte estruturante do <em>Programa Mais Alfabetização </em>(PMALFA), cujo intuito era o de melhorar os índices de alfabetização dos estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, razão pela qual integrou a Política Nacional de Alfabetização instituída em 2019. Desse modo, o objetivo geral foi compreender o sentido e os elementos de sustentação do PMALFA, pondo em evidência a constituição do AA. A documentação pertinente foi coligida e com ela uma análise documental. As categorias empíricas foram identificadas e posteriormente examinamos suas conexões internas e em relação às políticas educacionais no Brasil, além de suas articulações com orientações internacionais. Tematizamos o “combate à pobreza”, <em>slogan</em> do Banco Mundial, e o “atendimento às populações vulneráveis”, da Unesco, considerando o aporte da produção acadêmica. O Programa foi criado, alega-se, em razão dos baixos índices alcançados pelos alunos na Avaliação Nacional da Alfabetização, em 2016. Criou-se, então, o Assistente de Alfabetização para auxiliar, como trabalhador voluntário, na alfabetização no âmbito de uma estratégia focal subordinada à perspectiva gerencialista da avaliação. Ademais, o trabalho docente é precarizado, concretizando o abandono pelo Estado da tarefa educativa. A proposta ecoa o projeto hegemônico capitalista que atribui a docentes funções de gerenciamento dos parcos recursos públicos, abrindo caminhos para o empresariamento da solidariedade e do voluntariado e o crescimento de uma categoria profissional desprovida de direitos.</p> Elisandra Gozzi Olinda Evangelista Priscila Monteiro Chaves Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5193019 e5193019 10.14244/198271995193 Carta ao Leitor https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/6409 Aline Maria de Medeiros Rodrigues Reali Copyright (c) 2023 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e6409001 e6409001 10.14244/198271996409 Potências da iniciação à docência: PIBID, PRP e a inserção de licenciandos/as em contextos profissionais https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4304 <p>Este artigo é resultante de uma pesquisa que versa sobre as potencialidades da iniciação à docência para a inserção de licenciandos/as em contextos profissionais na Educação Básica. Situada em uma abordagem metodológica contrastiva, de natureza qualitativa, a investigação levantou unidades de significação recorrentes nos depoimentos de 48 estudantes-bolsistas para compreender experiências formativas ocorridas no curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia, entre 2018 e 2020, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID e do Programa Residência Pedagógica (PRP). O foco da análise interpretativa esteve voltado aos sentidos, significados e saberes experienciais produzidos e acionados pelos/as estudantes em seus processos formativos. A pesquisa partiu do pressuposto da formação como processo contínuo e experiencial e, desse modo, indica que a iniciação à docência, oportunizada pelos referidos Programas, não deve ser considerada um momento estanque do esteio formativo. Como resultados, aponta-se que a iniciação à docência se mostrou potente para a inserção profissional, por contribuir para a construção da profissionalidade docente, favorecendo experiências formativas alicerçadas por saberes elaborados no exercício da docência e nas relações entre universidade e escola, além da construção de princípios, valores e concepções de educação. Conclui-se que, apesar de omissões quanto à concepção de formação, tais Programas oportunizam situações concretas de produção e acionamento de saberes sobre a realidade escolar, a partir da reflexão-ação sobre/na prática educativa, aspectos importantes para a inserção profissional do/a pedagogo/a na Educação Básica.</p> <div><br clear="all" /> <div> <p> </p> </div> </div> Verônica Domingues Almeida Cilene Nascimento Canda Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4304020 e4304020 10.14244/198271994304 A inserção na docência por egressos do PIBID: da formação aos desafios da vida profissional https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4343 <p>Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa que discute o processo de inserção na carreira docente por egressos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Buscou-se conhecer a percepção dos sujeitos investigados sobre as contribuições do PIBID para sua formação, indagando sobre aprendizados e saberes construídos, e experiências consideradas mais significativas. Foi perguntado sobre os motivos de alguns não terem ingressado no magistério, e sobre os contextos e condições de trabalho daqueles que se tornaram professores, procurando conhecer suas primeiras experiências como docente. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um questionário eletrônico, respondido por 103 egressos do PIBID que concluíram diferentes licenciaturas, em quatro universidades mineiras, entre 2012 e 2018. Os resultados mostram ser majoritário o número de egressos que está atuando ou já atuou na docência. A imensa maioria dos pesquisados considera que o PIBID contribuiu muito para sua formação, e ressaltam como aspectos centrais os aprendizados da prática profissional, como saber planejar, avaliar, dar aulas, desenvolver metodologias inovadoras e conhecer a realidade da cultura escolar, além de ter se constituído como momento de construção da identidade e afirmação da escolha pelo magistério. Os ingressantes na carreira reconhecem estar vivendo uma fase de descobertas, associadas ao enfrentamento de desafios e dificuldades. A pesquisa confirma o que tem sido apontado por estudos sobre início de carreira, mas também permite reconhecer que programas de formação como o PIBID contribuem para minimizar os efeitos do chamado “choque de realidade” e potencializar experiências de descoberta da profissão.</p> José Ângelo Gariglio Lorene dos Santos Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4343021 e4343021 10.14244/198271994343 Mediação escolar nas escolas estaduais paulistas: análise do trabalho a partir da revisão bibliográfica https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5656 <p>Este artigo tem o objetivo de apresentar o processo e os resultados de uma revisão bibliográfica que resultou em pesquisa sobre a atuação profissional dos docentes que exercem a função de Professor Mediador Escolar e Comunitário (PMEC) no contexto da escola pública estadual paulista. A função, criada em 2010, apesar de recente, despertou interesse no meio acadêmico. A partir do processo de revisão bibliográfica foi possível verificar os caminhos percorridos por pesquisadores brasileiros, identificar relações e contradições existentes nos trabalhos e definir eixos de análise temática. Neste artigo, especificamente, será discutido o processo de implementação da função de PMEC, a formação necessária aos docentes, as dificuldades encontradas no trabalho, as atribuições legais e a relação estabelecida com os demais sujeitos escolares. Como principais resultados constatou-se que a implementação da função de PMEC deu-se sem um diálogo anterior com a comunidade escolar, acarretando pouco conhecimento por parte dos sujeitos escolares sobre as atribuições a serem exercidas. O acesso à função não levou em conta o perfil do docente, nem foi oferecida institucionalmente uma formação específica sobre a mediação de conflitos. O PMEC, individualmente, busca seu espaço de trabalho e sofre com o não reconhecimento das suas atribuições no ambiente escolar. Apesar das dificuldades, as pesquisas identificaram que, após a criação da função, foram constatados aspectos positivos nas relações interpessoais nas escolas.</p> Daiana Aparecida Del Bianco Maria José da Silva Fernandes Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5656022 e5656022 10.14244/198271995656 Formação de professores e altas habilidades ou superdotação: evidências em planos de disciplinas de Pedagogia https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5533 <p>Vários estudos relatam fragilidades na formação dos professores da Educação Básica em relação aos conhecimentos sobre altas habilidades ou superdotação (AHSD) e defendem a necessidade de que conteúdos sobre essa temática sejam contemplados na formação docente. Este artigo tem como objetivo analisar os planos das disciplinas curriculares da área da Educação Especial, buscando identificar se conhecimentos sobre AHSD estão sendo planejados e quais seus significados para formação inicial de professores dos cursos de Pedagogia, dos três <em>campi,</em> da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, no Brasil. Desenvolveu-se uma pesquisa documental, por meio da técnica de análise de conteúdo dos planos de disciplina dos Cursos de Pedagogia<em>.</em> Os resultados apontaram que apenas um <em>campus</em> mencionou os conteúdos sobre as AHSD e indicou referencial teórico específico. Os dados indicaram que conhecimentos sobre essa temática não têm sido planejados como proposta de estudo nos cursos de formação inicial nessa instituição, revelando uma rede de significados (equívocos teóricos e inadequação terminológica, contradições entre as seções do plano, fragilidades nos saberes do professor formador e do professor em formação, ausência de objetivos para a formação inicial do professor e de referenciais teóricos da área, confirmando os resultados de outros estudos acerca da invisibilidade de estudantes com AHSD no Brasil. Conclui-se que devem ser trabalhados conhecimentos sobre essa temática desde a formação inicial do professor, como um direito ético e público dos indivíduos com potencial superior e como caminho para o reconhecimento de suas necessidades educacionais no contexto de uma educação para a diversidade e inclusão.<br /><br /></p> Josilene Domingues Santos Pereira Rosemeire de Araújo Rangni Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5533023 e5533023 10.14244/198271995533 Resolução de problemas no ensino de matemática: reflexões sobre o conhecimento de pedagogos https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5478 <p>Este artigo tem como objetivo analisar o conhecimento de professores dos anos iniciais do ensino fundamental sobre a resolução de problemas no ensino de matemática. Participaram da pesquisa nove professores pedagogos dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Teodoro Sampaio/SP. A pesquisa é exploratória e de natureza qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário e entrevista semiestruturada aplicados aos participantes da pesquisa. O questionário procurou investigar como os professores utilizam a resolução de problemas em suas aulas, e, na entrevista, foram apresentadas aulas com resolução de problemas para que o professor justificasse sua escolha em uma das abordagens apresentadas, a saber: ensino para resolução de problemas; ensino sobre resolução de problemas e ensino via resolução de problemas. Os resultados mostraram que, muitas vezes, os professores apresentam dificuldades em compreender a resolução de problemas no ensino e que ainda acreditam que o conteúdo deve ser ensinado, para então, depois, serem aplicados problemas a serem resolvidos. Conclui-se que são relevantes mais pesquisas que abordem a utilização da resolução de problemas no ensino, bem como abordem a oferta de formação continuada de professores para tratar da resolução de problemas no ensino de matemática.</p> Maria Eliza Sitolino Leonardo Marcelo Carlos Proença Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5478024 e5478024 10.14244/198271995478 Políticas públicas para formação de professores do Sistema Prisional do Estado de Minas Gerais https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4717 <p>Este artigo apresenta uma discussão sobre as principais políticas públicas para a formação dos professores que atuam nas Unidades Prisionais do Estado de Minas Gerais. As análises são orientadas pela abordagem do Ciclo de Políticas Públicas, especialmente a partir dos trabalhos de Jefferson Mainardes (2006). Neste estudo, são considerados documentos nacionais e, em especial, os Planos Estaduais para Educação nas Prisões (2012 e 2015), importantes instrumentos que fazem um diagnóstico e a promoção da Educação Prisional. As políticas públicas educacionais voltadas para o Sistema Prisional são articuladas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (SEJUSP/MG) e Secretaria de Estado de Educação do Estado de Minas Gerais (SEE/MG). Permitiu-se, por meio da análise documental, verificar e identificar como são apresentadas as ações para a formação específica dos professores. A partir dos levantamentos realizados foi possível concluir que o Estado de Minas Gerais conta com produções legislativas e normativas que projetam múltiplas dimensões e intencionalidades de modo a estruturar as condições de viabilização da educação nas prisões, no entanto, no tocante à promoção de ações específicas para a formação dos professores que atuam nesses contextos prisionais, as políticas públicas mineiras deixam uma grande lacuna e muitas interrogações.</p> <p><br /><br /></p> Roselaine de Jesus Medeiros Silva Vera Lúcia Nogueira Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4717025 e4717025 10.14244/198271994717 A pauta conservadora do projeto Escola sem Partido como expressão da hegemonia burguesa https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4797 <p>A partir da matriz teórica do Materialismo Histórico e Dialético, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a pauta conservadora que pretende se tornar hegemônica por meio de Projetos de Lei que pretendem instituir o Programa Escola sem Partido (ESP) em todos os sistemas de ensino do Brasil. A análise sobre as implicações dessa iniciativa conservadora está sustentada nas categorias gramscianas de Hegemonia e Consenso. Para tanto, o texto aponta como a categoria Hegemonia pode contribuir para a formação de um consenso passivo que fragmenta a luta e a consciência de classe de modo a dar legitimidade aos interesses particulares da classe dominante; tece considerações sobre os fundamentos do pensamento conservador e a pauta norteadora da ESP. Por fim, indica que o projeto de manutenção da hegemonia capitalista, pela via da educação, não está descolado da lógica que rege as perspectivas norteadoras do conservadorismo e que o Programa ESP impede o desvelamento sobre a manutenção do capitalismo como sistema societário hegemônico. Portanto, aos sujeitos comprometidos com a superação da desigualdade social e exploração que norteia o modo de produção capitalista, resta um duro processo de resistência às investidas conservadoras e a constante luta por uma sociedade em que vigore a justiça e a igualdade social. </p> <p><br /><br /></p> Aldimara Catarina Brito Delabona Boutin Simone de Fátima Flach Carina Alves da Silva Darcoleto Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4797026 e4797026 10.14244/198271994797 Ensino de/para “felicidade” em universidades brasileiras: reflexões com a educação positiva https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4824 <p>A formação universitária exige dos estudantes novas posturas e mais dedicação às correntes de inserção e mediação ao futuro mercado de trabalho. Nessa perspectiva, também são forjados cursos e unidades curriculares que possam atender as habilidades e competências socioemocionais nessa jornada de formação. Mediante ao cenário global e local, a educação positiva avançou nas universidades brasileiras de forma a agregar novas perspectivas de ensino aos estudantes universitários. Nos últimos anos, a oferta de unidades curriculares que evocam o termo felicidade tem surgido nas universidades brasileiras, com ampla repercussão social e midiática e no campo das instituições de ensino. Este estudo empírico visa investigar esse processo, suas características e fontes teóricas. Para tanto, utilizou-se a metodologia descritiva-exploratória, por meio de ferramenta de busca de dados disponíveis na internet e da análise de conteúdo dos dados. Os resultados mostraram a crescente influência do ramo da psicologia positiva aplicada à educação, denominada educação positiva, com impacto na criação de unidades curriculares nas universidades brasileiras. As possibilidades para a educação positiva são promissoras, embora a eficácia de resultados requeira rigor científico na aplicação e desenvolvimento de suas técnicas e deve-se incluí-la, dialogicamente, à gama de outras inovações que propõem transformações na educação e em suas instituições.</p> Anselmo Gonçalves da Silva Bianca Jussara Borges Clemente Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4824027 e4824027 10.14244/198271994824 “Tateios experimentais” e ato responsável: um possível diálogo entre Freinet e Bakhtin no cotidiano escolar https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4980 <p>O objetivo deste texto é apresentar o diálogo entretecido com a pedagogia freinetiana e os estudos bakhtinianos a partir dos “tateios experimentais” de uma professora que age na relação com seus/suas estudantes. Traremos um recorte da pesquisa de mestrado profissional da professora, evidenciando a materialidade produzida por ela e por estudantes do ensino fundamental de uma escola pública do estado de São Paulo, a partir da metodologia narrativa de pesquisa em educação. Cartas pessoais, registros de assembleias, textos livres e narrativas compõem a materialidade que será interpretada neste artigo. Esses materiais foram produzidos a partir de técnicas da Pedagogia Freinet adaptadas pela professora e pelos/as estudantes para serem incorporadas em um contexto escolar em que o uso do material apostilado é obrigatório. Em diálogo com a filosofia bakhtiniana e com as leituras de Freinet, pudemos avaliar que o material apostilado direciona a professora e os/as estudantes para o domínio de uma determinada cultura obtusa, deixando de lado o mundo da vida vivida singularmente pelos sujeitos. Quando a professora e os/as estudantes começam a “tatear experimentalmente” as técnicas freinetianas, o mundo da vida trazido pelos/as estudantes e pela professora adentra a sala de aula e contribui para que a prática docente e a produção de conhecimentos passem a ser orientada pela vida e pelas relações entre os sujeitos.</p> Patrícia Yumi Fujisawa Guilherme do Val Toledo Prado Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4980028 e4980028 10.14244/198271994980 Como abordar o tema consumo de animais na Educação em Ciências? https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5296 <p>Considerando que a abordagem de questões sociocientíficas no ensino possibilita a mobilização de diversos conteúdos como contribuições para a resolução de problemas complexos, ressaltamos a importância da inserção explícita de conteúdos da dimensão atitudinal, relativos à ética e à moral, por meio dessa abordagem. Isso se justifica pela atenção que precisa ser dada às ações e às considerações de valor dos seres humanos em seus posicionamentos sobre essas questões. Nesse sentido, abordamos uma questão socioambiental controversa, relacionada ao consumo de animais, e fornecemos subsídios para o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes frente à problemática. Os efeitos da produção de carne, das ações dos seres humanos e do valor atribuído aos animais, muitas vezes em prol do suposto benefício e bem-estar humano, são tratados na sequência didática proposta. O intuito principal deste trabalho é evidenciar, por meio de um recorte dessa sequência, o potencial da dimensão atitudinal nas questões sociocientíficas de promover a reflexão sobre valores éticos e morais, o pensamento crítico e a formação integral dos estudantes, com ênfase sobre um caso particular. Com base em uma discussão desse recorte, sustentada pela literatura do campo, argumentamos que propostas desse tipo podem contribuir para o trabalho pedagógico de professores ao lidarem com a dimensão atitudinal em sala de aula, para uma tomada de decisão mais consciente e socialmente responsável e, portanto, para o letramento científico dos estudantes.</p> Isabela Breder Vargas Bárbara Dias Silveira Jordana Alves de Oliveira Nilmara Braga Mozzer Paula Cristina Cardoso Mendonça Nei Nunes-Neto Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e5296029 e5296029 10.14244/198271995296 Perfil do estudante de odontologia que realizou o ENADE https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4811 <p>Odontologia no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e fatores socioeconômicos, sociodemográficos e perfil da instituição. Foram utilizados microdados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Realizou estatística descritiva e regressão linear, considerando intervalos de confiança de 95%, estabelecendo plano amostral através do Complex Sample do SPSS 21.0. Considerou probabilidades de inclusão em cada estrato e peso amostral, testou modelos de regressão linear para amostras complexas. Os resultados obtidos revelam que 69,6% dos estudantes são do sexo feminino; 42,5% com renda de 3-10 salários mínimos; 64,8% brancos; 59,1% oriundos de ensino médio privado; 80,1% não trabalham. Cursaram até o ensino médio, 61,9% dos pais e 54,8% das mães. Nota média bruta foi de 50,75; maior entre os alunos das IES públicas e dos ingressos por políticas afirmativas (50,84). Fatores associados ao desempenho acadêmico encontrados foram: Categoria administrativa da IES, estudantes de instituições públicas têm melhor desempenho; ensino médio privado, brancos, renda familiar maior que 10 salários mínimos, ingressos por políticas afirmativas. O estudo revelou fatores que tendem a influenciar o desempenho dos estudantes no Enade, contudo, há análises necessárias que justificam a continuação do estudo, especialmente focando a trajetória acadêmica do estudante na IES.</p> Juliana Martins Rodrigues Maria Goretti Queiroz Cláudio Rodrigues Leles Aline Lemes da Paixão Rocha Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4811030 e4811030 10.14244/198271994811 Girl Power! Compondo um currículo com as Spice Girls https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4975 <p>Como um acontecimento que sacudiu o mundo no final da década de 1990, as Spice Girls, consideradas o maior fenômeno da música britânica pós-Beatles, conquistaram uma legião de fãs esbanjando carisma, ousadia e diversão na onda do “feminismo popular” de figuras como Madonna. Por meio de uma análise cultural em diálogo com os estudos de gênero, os estudos da cultura pop e as teorias pós-críticas de currículo, são apresentados no artigo depoimentos de fãs da banda com o objetivo de analisar de que forma as Spice Girls operam como um currículo cultural, que aqui chamado de Currículo Girl Power, nos processos de subjetividade que se desenvolvem na relação dos/as fãs com as músicas da banda, bem como na relação estabelecida no seu fandom. Conclui-se que o Currículo Girl Power traz duas temáticas que ganham vida na performance das Spice Girls, no corpo de conhecimentos e nas práticas culturais que produziram o ser/estar no mundo destes jovens e adolescentes: a valorização da amizade e o respeito às diferenças. Como fenômeno pop feminista, as Spice Girls agenciaram experimentações com múltiplas subjetividades conectadas a elas, criando caminhos e fendas nos roteiros, modos e comportamentos de gênero e sexualidade legitimados pela cultura de seu tempo, formando uma geração.</p> Alcidesio Oliveira da Silva Junior Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-04-11 2023-04-11 17 e4975031 e4975031 10.14244/198271994975 O trabalho docente no contexto das políticas de educação em tempo integral https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/3505 <p>O artigo tem como objetivo sistematizar alguns elementos para compreender como o trabalho docente é abordado nas políticas de educação em tempo integral nas esferas nacional e municipal, especificamente a partir do Plano Nacional de Educação, do Programa Mais Educação, do Programa Novo Mais Educação e do Plano Municipal de Educação de um município do Estado de São Paulo. Realizamos a análise de documentos legais e normativos que instituíram e orientaram a implementação da educação em tempo integral baseando-se nos princípios da análise de conteúdo. Destaca-se nos achados do estudo que o trabalho docente na proposta de educação em tempo integral aparece de maneira tímida. O Plano Nacional de Educação tratou dessa categoria, apenas quando considerou a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola. Por outro lado, apesar de alguns aspectos limitadores, o Plano Municipal de Educação cita a expansão do efetivo trabalho escolar como medida para otimizar o tempo de permanência do estudante na escola e a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola. Quando analisamos a proposta de indução à educação integral, especificamente o Programa Mais Educação e o Programa Novo Mais Educação, ambos abordaram a capacitação do professor, entretanto, em nenhum dos casos há detalhes de como ela será feita. Conclui-se que o trabalho docente é abordado superficialmente, sem detalhes de como as propostas que se dirigem ao mesmo serão colocadas em prática, mesmo aquelas que extrapolam a regência da sala de aula quando envolvem a educação em tempo integral.</p> <p> </p> Samanta Antunes Kasper Renata Portela Rinaldi Copyright (c) 2019 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-17 2023-05-17 17 e3505032 e3505032 10.14244/198271993505 Formação stricto sensu de servidores técnico-administrativos em educação: percepção de gestores e servidores qualificados https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/3787 <p>O objetivo desta pesquisa foi analisar os desdobramentos para a vida profissional e pessoal dos servidores técnico-administrativos em educação (TAE’s) do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), decorrentes de processos de qualificação em programas de pós-graduação <em>stricto sensu</em>. A análise se deu a partir das percepções de gestores e de servidores qualificados. O aporte teórico abordou teorias de gestão de conhecimentos, gestão por competências e motivação de pessoas, conceitos de eficiência, eficácia e qualidade. Utilizou-se da abordagem qualitativa e descritiva, desenvolvida por meio do Estudo de Caso, apoiado em pesquisas bibliográfica e documental. Aplicaram-se questionários aos participantes do estudo, os quais foram analisados por meio da metodologia de análise de conteúdo. Esta análise possibilitou conhecer o perfil dos servidores qualificados, identificar as principais dificuldades encontradas no processo de qualificação, que estão relacionadas à falta de tempo ou à dificuldade de conciliar trabalho com estudo, especialmente quando não é possível conseguir o afastamento. Como desdobramento para a vida dos servidores, identificou-se diversos fatores, como desenvolvimento pessoal; melhoria nas relações pessoais, nas habilidades e nas atitudes; aumento da autoestima e da autorrealização; e, o fato de o título acadêmico trazer consigo uma importância, não apenas financeira, mas também de status e de realização pessoal e profissional. Por fim, na visão da maioria dos servidores, a formação apresenta-se com muita ou total influência em suas vidas.</p> Vinícius Ferreira Faria Geruza de Fátima Tomé Sabino Copyright (c) 2019 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-17 2023-05-17 17 e3787033 e3787033 10.14244/198271993787 O financiamento da educação em teses e dissertações no Nordeste brasileiro: um estudo de revisão https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4829 <p>O artigo tem por objetivo analisar as características e tendências da produção sobre financiamento da educação em teses e dissertações produzidas nos programas de pós-graduação em Educação das universidades federais do Nordeste, no período de 2002 a 2017. O trabalho inscreve-se no conjunto de estudos de revisão que mapeiam e analisam a produção acadêmica. De abordagem quanti-qualitativa, a pesquisa decorre de estudo documental e bibliográfico cujo <em>corpus</em> foram as teses e dissertações coletadas, exclusivamente, nos Repositórios Institucionais dos programas de pós-graduação em Educação das nove universidades federais do Nordeste brasileiro, localizadas no Maranhão (UFMA), Piauí (UFPI), Ceará (UFC), Rio Grande do Norte (UFRN), Paraíba (UFPB), Pernambuco (UFPE), Alagoas (UFAL), Sergipe (UFS) e Bahia (UFBA). A análise dos trabalhos possibilitou verificar a prevalência de dissertações, a intensificação da produção sobre o tema, principalmente a partir de 2010, e a preferência pelas temáticas que trazem, como pano de fundo, o Fundef/Fundeb. No conjunto de estudos sobre financiamento da educação, sobressaíram-se três instituições (UFPI, UFRN e UFPE) que, juntas, responderam por mais da metade das pesquisas analisadas, revelando a consolidação do tema e de orientadores nos programas de pós-graduação dessas instituições. O estudo ainda permitiu concluir que existe interesse crescente na temática foco do artigo e que há necessidade de mais estudos sobre o financiamento das etapas ou modalidades específicas da educação básica e superior, assim como de estudos de revisão que contribuam para ampliar o conhecimento sobre as políticas que asseguram materialmente a oferta educacional no Nordeste do Brasil.</p> <p><br /><br /></p> Maria de Jesus Rodrigues Duarte Rosana Evangelista da Cruz Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-17 2023-05-17 17 e4829034 e4829034 10.14244/198271994829 O impacto das tecnologias digitais na formação inicial de professores sobre as suas práticas pedagógicas https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4857 <p>Este trabalho tem por objetivo analisar as pesquisas desenvolvidas em âmbito nacional e internacional acerca do impacto da integração das tecnologias digitais na formação inicial de professores sobre suas práticas pedagógicas. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática da literatura com o intuito de fazer um levantamento de experiências realizadas nos últimos 10 anos, a fim de evidenciar seus principais resultados, contribuindo com novas pesquisas no âmbito da formação inicial de professores para a integração das tecnologias digitais. Os resultados foram apresentados e categorizados neste trabalho evidenciando três categorias de análise: a) revisões de literatura e de programas educacionais no campo da formação inicial de professores para o uso das tecnologias digitais; b) experiências e práticas no campo da formação inicial de professores para o uso das tecnologias digitais e c) formação inicial de professores com ênfase em competências digitais. Ilustra-se neste estudo, práticas, desafios, indicações e recomendações ao campo de estudo, apontando que a reflexão a cerca de um currículo de formação ancorado em diretrizes de competências digitais pode ser um caminho viável para o impacto positivo da inserção das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas dos professores e que as experiências prévias que indicam níveis de competências digitais precisam ser valorizadas e trabalhadas na formação de professores para qualificar a sua transposição de um uso vinculado ao entretenimento ou pessoal para um contexto formal de educação que pressupõe uma intencionalidade e claros objetivos de aprendizagem.</p> Gleice Assunção da Silva Daniela Karine Ramos Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-19 2023-05-19 17 e4857035 e4857035 10.14244/198271994857 Um Passarinho azul me contou: expressões da violência de alunos contra professores https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4917 <p>A popularização das novas tecnologias entre os jovens é ambivalente: se, por um lado, permite maior intensidade de comunicação e interação entre as pessoas, por outro, reproduz e cria novas formas de violência. Esteados por um sólido corpo teórico de estudos de violência em ambiente escolar, propomo-nos a explorar a violência cometida por jovens contra os seus professores, utilizando as postagens públicas da rede social <em>Twitter</em>. Desta forma, tencionamos analisar os principais conteúdos de mensagens propagadoras de violência, abrindo caminho para futuros aprofundamentos da teoria pautados em dados empíricos. A coleta dos dados foi realizada por meios eletrônicos e automatizados, e a análise das mensagens foi executada com base na análise de conteúdo, bem como, em princípios da análise das redes sociais. Este artigo não possuiu a pretensão de escrutinar a violência escolar na internet, suas causas e consequências, mas sim, identificar os seus elementos geradores, compreendendo de que modo se manifesta na rede social selecionada, e que hipóteses o seu conteúdo suscita sobre a relação professor/aluno. Desta forma, cotejamos os dados empíricos coletados com as pesquisas sobre a violência na escola e depreendemos que as mensagens violentas no <em>Twitter</em> dirigidas a professores consistem em atos de vinganças dos alunos devido ao não estabelecimento de boas relações em sala de aula e à própria violência implícita no ato educativo. <br /><br /></p> Francisco Valmir da Silva Carlos Ângelo de Meneses Sousa Lília Rolim Abadia Copyright (c) 2020 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-19 2023-05-19 17 e4917036 e4917036 10.14244/198271994917 Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio: a prevalência da formação para o mercado de trabalho https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5747 <p>O presente artigo discute as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — LDBEN — nº 9394/96. Tem como objetivo analisar as intenções presentes nas DCNEM atualizadas pela Resolução 03/2018, em relação às DCNEM propostas pelas Resoluções 03/1998 e 02/2012. Questiona-se: quais são os contextos no período de suas formulações? Quais são as propostas para a formação presente nas DCNEM de 1998, 2012 e 2018? Quais são as similaridades e diferenças entre elas? De que modo as atuais diretrizes avançam ou não como orientação para o trabalho pedagógico? Trata-se de uma reflexão que tem, por base, pesquisa bibliográfica, análise de legislação e de documentos. Considera-se um estudo importante para professores e educadores que se preocupam com a formação no ensino médio e que buscam compreender a evolução das orientações curriculares no decorrer da história da educação brasileira. Como resultados da análise, destaca-se que as DCNEM têm evoluído em conformidade com os projetos de sociedade e educação de cada período. Tem-se como conclusão que as atuais DCNEM expressam a ausência de discussão e os interesses revelados na reforma promovida pela Lei 13415/2017, aspecto que pode comprometer a melhoria do ensino médio e a sua vinculação direta com o que é demandado pelo setor produtivo.</p> Aline Arantes do Nascimento Sandra Regina de Oliveira Garcia Eliane Cleide da Silva Czernisz Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-19 2023-05-19 17 e5747037 e5747037 10.14244/198271995747 Projeto de vida: como pesquisadores da área da Psicologia e da Educação abordam essa categoria? https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/6187 <p>Este estudo objetiva mapear um conjunto de trabalhos acadêmicos que tratam da temática “projeto de vida”, com foco na população jovem, de modo a analisar como essa categoria é abordada por pesquisadores da área da psicologia e da educação, entre 2006 e 2021. A busca bibliográfica concentrou-se no <em>Scientific Electronic Library Online</em> (<em>SciELO</em> Brasil) e, mais especificamente, nos portais de periódicos eletrônicos do campo da Psicologia e da Educação: PePSIC e Educ@. Foram selecionados, lidos na íntegra e analisados 54 artigos. Observou-se que a temática é abordada tradicionalmente pela área da psicologia e mais recentemente pela educação. Vários aspectos comuns integram a definição de projeto de vida: a dimensão temporal e identitária do projeto de vida, seu caráter dinâmico e a necessidade de construí-lo articulando-se subjetividade e objetividade. Apesar da complexidade do mundo contemporâneo, uma parte das pesquisas revela que os jovens ainda buscam elaborar projetos de vida a partir da tríade família, escola e trabalho; e, outra parte, chama atenção para a importância dos programas de orientação profissional nas escolas, seja para mostrar que os jovens que dela participam aprendem a escolher, a tomar decisões e a construir seu projeto de vida, seja para advogar que todos tenham acesso a esse tipo de intervenção. Observaram-se, também, recomendações mais genéricas sobre a importância de haver políticas públicas e/ou projetos sociais para empoderar os jovens na construção de projetos futuros que deem sentido às suas vidas por meio de atividades escolares.</p> Gisela Lobo Baptista Pereira Tartuce Liliane Bordignon de Souza Patrícia Albieri Almeida Copyright (c) 2022 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-19 2023-05-19 17 e6187038 e6187038 10.14244/198271996187 Reflexões sobre papéis assumidos em um ambiente de produção de conhecimentos possibilitados por relações dialógicas https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/3635 <p>Neste artigo, discutimos a construção de um ambiente de produção de conhecimentos a partir do diálogo propiciado por relações de ensino estabelecidas em uma aula de Geometria, à luz das perspectivas bakhtiniana e freireana. O foco será dado às convergências das questões dialógicas que encontramos nas obras de ambos os autores e à forma como elas podem permear situações de ensino, de modo que favoreçam o acesso ao conhecimento científico. Temos como objetivos: analisar a interação dos sujeitos envolvidos em uma situação de discussão de conceitos geométricos; analisar os diferentes papéis desses sujeitos no âmbito da interação social em sala de aula; buscar uma caracterização de uma cultura de sala de aula que priorize as relações dialógicas. Para isso, selecionamos um episódio (recorte de um momento de interação, estabelecido a partir de uma situação de ensino, com começo, meio e fim) em que conceitos estavam em discussão em uma turma de terceiro ano do Ensino Fundamental. Ao final de nosso estudo, buscamos evidenciar como o diálogo entre Bakhtin e Freire, proposto por nós, possibilita uma aproximação dos sentidos atribuídos para as práticas de ensino e de aprendizagem bem como para os papéis assumidos pelos sujeitos envolvidos nesse processo. O episódio explicitado evidencia uma prática que estabelece a coautoria, que prioriza a construção coletiva dos saberes, e revela que, no contexto escolar, existem práticas que valorizam o diálogo.</p> Iris Aparecida Custódio Kátia Gabriela Moreira Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação 2023-05-19 2023-05-19 17 e3635039 e3635039 10.14244/198271993635