Desafios da educação climática no Brasil: promessas de uma metodologia estrangeira para salvar o país

Autores

  • Evelyn de Oliveira Araripe Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Vânia Gomes Zuin Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.14244/198271994814

Palavras-chave:

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Resumo

 Apesar das mudanças climáticas serem um tema constante na mídia e nas pesquisas acadêmicas, a presença do tema na educação formal e não-formal ainda é limitada e não atende a interdisciplinaridade que o tópico exige. Analisando em uma perspectiva crítica a implementação de uma organização de origem alemã ao Brasil para o ensino de mudanças climáticas ao público infanto-juvenil, com base em uma pesquisa-ação, objetiva-se neste artigo discutir os desafios, potenciais e lacunas ao adotar-se uma metodologia estrangeira para tratar o tema que ao mesmo tempo em que é global, possui particularidades em escala local. Para isso foram entrevistadas, via questionário e entrevistas em grupo, 29 crianças, adolescentes e jovens de três cidades de diferentes estados brasileiros. Observou-se a importância de trazer exemplos conectados à realidade destes participantes para se abordar as mudanças climáticas em uma perspectiva que gere aprendizado, emancipação e autonomia.

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Biografia do Autor

Evelyn de Oliveira Araripe, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP, Brasil), com pós-graduação latu sensu em Educação Ambiental pelo SENAC (Brasil) e mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar, Brasil). Nos últimos dez anos, trabalhou em projetos de educação climática para crianças, adolescentes e jovens em diferentes países. Entre tópicos de atuação e pesquisa estão: gestão de organizações sócio-ambientais, plantio de árvores, agroflorestas, impactos de brinquedos de plástico e do eatertainment na saúde e no meio ambiente e negociações das Nações Unidas sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. German Chancellor Fellow da Fundação Alexander von Humboldt (AvH) na Alemanha e presidente do conselho da Plant-for-the-Planet Brasil. É também cofundadora da organização internacional Youth Climate Leaders e vencedora da competição MIT Climate Colab em 2017 pelo voto popular e do júri. Atualmente, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Química Verde, Sustentabilidade e Educação da UFSCar e pesquisadora visitante do Instituto de Química Sustentável e Ambiental (ISEC) da Universidade Leuphana em Lüneburg, Alemanha.

Vânia Gomes Zuin, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Bacharel e licenciada em Química pela Universidade de São Paulo (1993), mestre em Ciências (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (1997), doutora em Ciências (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (2001), com estágio doutoral em Química Analítica - Universitá degli Studi di Torino - Itália (2001). Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2010). Pós-doutora em Química pela Universidade de São Paulo (2004), e pelo Centro de Pesquisas Ambientais - Helmholtz-Zentrum für Umweltforschung / UFZ - Alemanha (2005), com apoio da fundação Alexander von Humboldt (AvH), bem como pelo Green Chemistry Centre of Excellence, University of York (GCCE-UoY), Inglaterra (2014). Atualmente é professora doutora da Universidade Federal de São Carlos junto ao Departamento de Química (Associada), credenciada ao Programa de Pós-Graduação em Química e ao Programa de Pós-Graduação em Educação. Membro da comissão científica editorial da publicação 'Contribuições da pós-graduação brasileira para o desenvolvimento sustentável: Capes na Rio +20' e, desde 2012, integra o Subcommittee on Green Chemistry e, desde 2017, o Advisory Board do Interdivisional Committee on Green Chemistry for Sustainable Development da International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC). Desde 2013 compõe a Diretoria do Clube Humboldt do Brasil e, de 2015 a 2017 foi presidente da instituição. Fundou e coordenou até 2017, juntamente com o prof. Fernando Galembeck, a Seção de Química Verde da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). Tem experiência na área de Química e Educação, com ênfase em Ciências do Ambiente (Química Verde e Química Analítica Verde) e Educação Química na perspectiva Crítica (Ambientalização Curricular e Abordagem CTSA). Foi agraciada com diversos prêmios científicos nacionais e internacionais, como o IUPAC 2014 CHEMRAWN VII Prize for Atmospheric and Green Chemistry (2014) e, em 2017 o ACS-CEI Award for Incorporating Sustainability into Chemistry Education, da American Chemical Society´s Committee on Environmental Improvement (CEI). Recebeu o título de Fellow da Royal Society of Chemistry em 2015 (FRSC) e o de Honorary Visiting Fellow do Senado da University of York (UK), na qual atua como professora e pesquisadora visitante junto ao Green Chemistry Centre of Excellence desde 2014, com o apoio da Capes, Fapesp e EPSRC (UK).

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Publicado

22-06-2024

Como Citar

DE OLIVEIRA ARARIPE, E. .; GOMES ZUIN, V. . Desafios da educação climática no Brasil: promessas de uma metodologia estrangeira para salvar o país. Revista Eletrônica de Educação, [S. l.], v. 18, n. 1, p. e481438, 2024. DOI: 10.14244/198271994814. Disponível em: https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/4814. Acesso em: 10 nov. 2024.

Edição

Seção

Demanda Contínua - Artigos
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