PERCEPÇÃO DE ALUNOS SOBRE A ATUAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ESCOLARES EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA

Autores

  • Ana Carina Stelko-Pereira Universidade Federal de São Carlos
  • Paloma Pegolo de Albuquerque Universidade Federal de São Carlos
  • Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.14244/19827199277

Resumo

As consequências da violência escolar para os estudantes vitimizados têm sido muito estudadas: sintomas de depressão, ansiedade, notas baixas, abandono escolar, bem como comportamentos agressivos. O objetivo desse artigo é analisar a percepção dos estudantes sobre a atuação dos funcionários escolares em situações de violência na escola. Um questionário de autorrelato desenvolvido para o estudo, com questões acerca das experiências de vitimização escolar nos últimos seis meses, foi utilizado em três escolas com diferentes características socioeconômicas do público atendido numa cidade do Sul do Brasil. Participaram aproximadamente 220 estudantes por escola (669 estudantes no total), 53,7% eram meninas e 46,3% eram meninos, com uma média de idade de 12,9 anos, da quinta a oitava séries do Ensino Fundamental. Não houve diferença significativa entre as escolas acerca da proteção fornecida pelos funcionários. Na presença destes, em média 78% dos estudantes foram xingados (chi-square, d.f.=4, Z=7.892, p=0,096), 54% foram ameaçados (chi-square, d.f.=4, Z=2.742, p=0,602), e 54% agredidos fisicamente (chi-square, d.f.=4, Z=8.181, p=0,085). Quando os estudantes tinham problemas na escola, a maioria contou aos pais (63%), 55% relataram aos amigos, sendo os professores escolhidos em terceiro lugar (19%), (alguns estudantes não relataram a qualquer pessoa - 11%). Quando os estudantes não são protegidos pela equipe escolar podem tentam revidar as ofensas sofridas, agregarem-se a gangues e usar a violência como norma social.

Palavras-chave
: violência na escola; funcionários escolares; percepção dos estudantes.

Agência financiadora: FAPESP

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Biografia do Autor

Ana Carina Stelko-Pereira, Universidade Federal de São Carlos

É doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná e Mestrado em Educação Especial pela UFSCar. Tem experiência na área de Psicologia, atuando principalmente com os temas: violência na escola e bullying.

Paloma Pegolo de Albuquerque, Universidade Federal de São Carlos

É doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina e Mestrado em Educação Especial pela UFSCar. Tem experiência na área de Psicologia, atuando principalmente com os temas: violência na escola, bullying, adolescentes em conflito com a lei, educação especial, família e sexualidade humana.

Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, Universidade Federal de São Carlos

Professora Titular do Curso de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos, Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSCar e Coordenadora do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (LAPREV).

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Publicado

28-11-2012

Como Citar

STELKO-PEREIRA, A. C.; ALBUQUERQUE, P. P. de; WILLIAMS, L. C. de A. PERCEPÇÃO DE ALUNOS SOBRE A ATUAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ESCOLARES EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA. Revista Eletrônica de Educação, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 376–391, 2012. DOI: 10.14244/19827199277. Disponível em: https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/277. Acesso em: 7 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos
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